Revista Claudia, março/2007

A radiestesia equilibra corpo, mente e casa

Com pêndulos e varinhas, os radiestesistas medem a sua energia e a da casa, sugerindo mudanças ou “remédios”, como plantas, incensos e cristais para harmonizar o campo vibracional

Muito comum na antiguidade, quando se usavam varetas para encontrar água ou minérios, a radiestesia não tem origem esotérica, mas técnica. O termo deriva da combinação da palavra grega aesthesis com a latina radhius e significa simplesmente “sensibilidade à radiação”. Hoje, muitos radiestesistas medem o campo energético não só da casa mas também de pessoas e objetos, associando esse conhecimento a outros, como o Feng Shui. “Quando algo não está bem, a energia sempre se altera. É preciso descobrir de onde vem essa força prejudicial e interpretá-la para solucionar o problema”, diz Francisco Borrello, professor e consultor de radiestesia há 20 anos.

Para detectar as ondas nocivas, os profissionais utilizam instrumentos como o pêndulo, o aurameter (medidor de aura) e o dual road, duas varetas que, quando ficam paralelas, indicam que tudo está bem, mas, quando se cruzam, sinalizam que há perigo subterrâneo. “Cerca de 90% da energia da terra é boa. Mas há pontos com carga nociva, os geopatogênicos”, continua o professor Borrello. Eles se originam dos cruzamentos entre falhas de solo, veios d’água, esgotos e diversas linhas, que formam uma espécie de malha prejudicial à saúde. “Os pontos patogênicos liberam ondas incompatíveis com as dos seres humanos. Não é que a energia em si seja ruim. Trata-se de uma vibração que não se harmoniza com a nossa. Quando uma pessoa passar longos períodos sobre esse tipo de onda, essa frequencia pode, pouco a pouco, alterar a vibração das células humanas, causando doenças”, explica Silvana Helena Occhialini, mestre em Feng Shui e, há 12 anos, também especialista em radiestesia e geobiologia.

Foi o que aconteceu com a dona-de-casa Andréa Chiarella Baptista em 1996. Recém-instalada com a família no novo apartamento, ela chamou um expert para checar a energia local e foi detectado um cruzamento de linhas que passava embaixo de sua cama. “A radiestesista avisou que aquilo seria prejudicial para minha saúde . Mudei a cama de lugar, mas, como atravancou o dormitório, voltei à posição anterior e coloquei placas isolantes para diminuir o impacto da radiação, embora soubesse que o certo era tirar a cama dali.” Com o tempo, Andréa começou a acordar indisposta com enjôos. Foi ao médico e descobriu uma leucemia mielóide aguda. “Fiquei um ano em tratamento, fiz transplante de medula em 2002 e me curei, mas foi impossível continuar naquele prédio: na mesma época, o porteiro e dois vizinhos tiveram câncer, um deles morreu de leucemia”, lembra.

Sálvia, olíbano e mirra

Embora as pessoas costumem procurar o radiestesista na hora de comprar um terreno ou decorar a casa nova e utilizem o diagnóstico para tratar da saúde do corpo e do ambiente, o método pode ajudar também a resolver questões de outras áreas, como falta de dinheiro e trabalho, problemas de relacionamento, empresas em dificuldade, desânimo em relação à vida etc. “Há situações em que a casa está ok. É o morador que pensa negativamente”, diz Silvana. Nesses casos, ela parte para o exame dos chacras (pontos energérticos do corpo) usando pênsulo sobre os sete principais, distribuídos ao longo da coluna – nas regiões do osso sacro, umbigo, estômago, coração, garganta, testa e alto da cabeça.

Cada chacra está associado a algumas áreas da vida, e o balanceamento deles é feito por meio de meditações, florais e visualizações.

Silvana também propõe outras soluções, além da reorganização dos móveis, fazendo o que define como uma “acupuntura” da casa ou do local de trabalho. Para isolar ou reverter a radiação prejudicial, ela recorre a instrumentos radiônicos – como pirâmides e gráficos geométricos – ou se vale de materiais orgânicos – como plantas, cristais de rocha e resinas de árvores (olíbano e mirra) devidamente defumadas no turíbulo. Para definir a origem dos desequilíbrios, a especialista não se restringe a cartografar o solo, investiga também a história da moradia. “Se houver um cemitério sob o local, o sofrimento de alguns espíritos permanece ali”, acredita. Nesses casos, ela realiza uma bênção, entoando mantras, queimando incensos e sálvia seca, eficaz no combate às energias negativas da casa e do corpo.

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